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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

CONSCIENTIZAÇÃO - NO USO DE PRESERVATIVO

Mais do que camisinhas, alunos e professores querem conscientização
Mais do que camisinhas, alunos e professores querem conscientização
Notícias - Saúde
Escrito por Assessoria de Imprensa
Qui, 22 de Setembro de 2011 14:12

A instalação de máquinas de preservativos nas escolas públicas e particulares de Campo Grande deve estar associada a trabalho de orientação, controle de acesso aos dispositivos e principalmente a projetos de formação da sexualidade a longo prazo.

Essa é a opinião geral de educadores e alunos favoráveis à distribuição de camisinhas dentro de colégios, ouvidos ontem pelo Jornal Correio do Estado.

A iniciativa, já implantada em caráter de teste em seis Escolas de três unidades da federação pelos ministérios da Saúde e da Educação, provocou polêmica em Mato Grosso do Sul, a ponto de a Câmara de Vereadores de Campo Grande ter se adiantado à discussão, aprovando projeto de lei que veta a colocação dos equipamentos nos colégios da Capital.

A matéria aguarda agora sanção do prefeito, que encomendou pesquisa sobre o assunto entre a população para então decidir se veta ou não o projeto.

Independentemente do resultado do levantamento, a distribuição de preservativos nas escolas divide opiniões entre os estudantes e é vista com cautela pelos professores, que defendem maior discussão sobre a medida antes de sua implantação.

Na Escola Estadual Joaquim Murtinho, uma das mais antigas de Campo Grande, por exemplo, a instalação de máquinas de camisinha é considerada positiva por alunos como Gabriel Batista, 18 anos, que cursa o segundo ano do ensino médio. "Sou a favor, por motivo de prevenção. Tem muita menina ficando grávida por falta do uso da camisinha. A escola seria uma opção a mais (de acesso ao preservativo)", acredita.

Willian Silva, 17 anos, que cursa o primeiro ano do ensino médio, também aprova a medida, desde que acompanhada de trabalho de orientação aos estudantes. "Acho certo (ter a distribuição), só que não para todo mundo. Tem gente que pode pegar a camisinha só pra ‘zoar’, pra fazer de bexiga. Por isso, precisa ter orientação, para não haver o uso errado do produto", comentou.

Essa também é a opinião de Thiely Peralta, 16 anos, aluna do terceiro ano do mesmo colégio. "Sou a favor, tem que ensinar a partir da Escola, senão os jovens vão aprender lá fora. Além disso, é uma maneira de prevenção. Mas não é só colocar a máquina na Escola e deixar lá. Tem que ter toda uma orientação para os alunos, um controle", acredita.

Já as amigas Jéssica de Souza, 14 anos, e Simony Teixeira, de 17 anos, manifestara-se contra a instalação de máquinas de preservativo nos colégios, por motivos religiosos — ambas são adventistas — e também por considerar que a distribuição de camisinhas nas unidades Escolares vai "incentivar a sexualidade precoce". Elton Jacob, de 17 anos, estudante do primeiro ano do ensino médio, também é contrário à medida. "Escola é lugar para estudar, não para colocar máquina de camisinha. Para isso tem os postos de saúde", comentou.

Discussão Em meio à polêmica, o professor Alexandre Prado, responsável pela disciplina de EducaçãoFísica no Colégio Joaquim Murtinho, defende que é preciso haver mais debate antes de se adotar esse tipo de medida. "A Escola já tem o papel dela de orientar o aluno, mas oferecer o preservativo é uma outra questão", comentou.

Para a professora de Geografia Juliana de Paula, também é preciso fazer a discussão de forma mais ampliada, envolvendo as famílias. A educadora alerta para a situação deEscolas que oferecem os ensinos fundamental e médio.

"São crianças menores de 14 anos, que estão iniciando a formação da sexualidade. Será que isso (a máquina de camisinhas) não vai estimular uma precocidade? É preciso saber o que a família pensa sobre o assunto. Cabe a ela escolher se quer que se distribua camisinha ou não para o seu filho na Escola. A gente, como professor, não pode passar à frente da família", comentou.

Se depender dos pais e mães de alunos da Escola Estadual Joaquim Murtinho, essa escolha já está bem clara, inclusive registrada em ata, conta o diretor da unidade, Lucílio Nobre. "Em outubro do ano passado, durante uma reunião com 1.500 pais de alunos, eles foram contra a instalação de máquinas de camisinha dentro da Escola. Com tantos outros pontos de distribuição, porquê a necessidade de ser dentro da Escola — esse foi o principal questionamento", explicou.

Fonte: Correio do Estado (MS)

Última atualização ( Qui, 22 de Setembro de 2011 14:16 ) Fonte: http://www.sintepe.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1791:mais-do-que-camisinhas-alunos-e-professores-querem-conscientizacao&catid=69:saude

Um comentário:

  1. Acredito que a informação e a conscientização sejam responsabilidades da familia e da escola. Quanto a distribuição de preservativos por parte da escola....sinceramente, não procede. Nossas escolas públicas estão caindo aos pedaços. Urge sim, reformas, recursos em geral, formação continuada dos professores e principalmente uma troca decente de trabalho x remuneração na comunidade educativa.

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