Estudantes vivenciam Dia da Consciência Negra com estreia de documentário
Cerca de 200 jovens assistiram a "Malunguinho", que trata sobre o líder negro pernambucano
Assessoria de Comunicação - 21/11/2012 17:00h
No Dia Nacional da Consciência Negra e de Zumbi (20), cerca de 200 alunos de três escolas da rede estadual de ensino de Pernambuco se reuniram, na última terça-feira, no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) para vivenciar a data e assistir a estreia do documentário “Malunguinho”. A ação foi uma parceria entre o Quilombo Cultural Malunguinho (QCM), a Rede Afro LGBT, a Fundaj e a Secretaria de Educação.
A ação educativa faz parte do projeto pedagógico da Escola Estadual Mariano Teixeira e Escola de Referência em Ensino Médio Dom Sebastião Leme, no Recife, e Aderbal Jurema, de Jaboatão dos Guararapes. O objetivo da atividade foi ajudar os alunos da rede estadual a compreender melhor a história do grande líder negro pernambucano, Malunginho; além de conhecer a razão de sua divinização e a importância do povo negro como protagonista de sua própria história.
Os professores que acompanharam a atividade ressaltaram a importância de memorar o Dia da Consciência Negra, lembrando um líder negro pernambucano. “Malunguinho foi um grande líder quilombola e tem uma importância histórica na luta do povo negro pernambucano, por isso merece o mesmo respeito que Zumbi dos Palmares. Infelizmente ele ainda não chegou aos livros didáticos da educação formal”, disse o professor Carlos Tomaz, membro da Rede Afro LGBT e do Fórum Estadual de Educação Etnicorracial de Pernambuco.
Os estudantes que assistiram em primeira mão o documentário aprovaram o que viram. Para a aluna Clara Letícia, do 2º ano Ensino médio da EREM Dom Sebastião Leme, “Malunguinho revela que existiu no passado uma figura negra que lutou pela liberdade dos povos escravizados”. Ao final da exibição foi aberto um debate sobre a importância da temática no enfrentamento ao racismo e na valorização das culturas negras nas escolas e na sociedade.
MALUNGUINHO- Divindade, guerreiro, negro/índio e ícone da resistência quilombola no Recife, Malunguinho vem sendo cultuado nos terreiros de Jurema Sagrada do Nordeste há mais de 177 anos, mas ainda é pouco conhecido pelo povo. O documentário reproduz o que seria a rotina dos quilombolas do século XIX, na Mata Norte pernambucana, e foi dirigido pelo cineasta Felipe Peres Calheiros, com participação de João Monteiro, historiador e funcionário da rede estadual de ensino de PE, de Sandro de Jucá, Babalorixá e juremeiro, e de Alexandre L'Omi Lodo, estudante de história.
Fonte:SEE
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