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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

TRANSPORTE DE MASSA A ÚNICA ALTERNATIVA

Ideologia, ideologia, ideologia... nada mais que ideologia é a opção feita pelos governos brasileiro há décadas atrás e dado continuidade pelos governos contemporâneos em relação ao uso do veículo automotor movido a combustível fóssil em detrimento de veículos de massa movido a energia limpa. Ideologia por se tratar de lobby da indústria petrolífera que angaria bilhões de dólares com a extração, refino e venda do ouro negro no mercado interno, sem falar nos métodos de cálculos utilizados neste processo que leva em consideração o preço do barril no mercado internacional e não o cociente produção versus consumo interno, ou seja, a demanda de consumo dos veículos e da indústria nacional em relação à quantidade produzida. Mas isto não vem ao caso, vamos tratar da opção automóvel, quer seja de passeio, quer seja de carga, como meio de difusão de ideologia. Primeiro, o Brasil não possui nenhuma fabrica de automóveis de capital nacional, todas são montadoras multinacionais onde as peças são fabricadas em diversos países e percorrem longos percursos até chegar às ditas montadoras por hora instalada em nosso país. Segundo, estas ditas montadoras para virem instalarem-se em nossas terras obtém dos governos estaduais e federais isenções de impostos de décadas ou centenas de anos, além de receber toda a infra-estrutura física, de terraplenagem, de estradas e de acessibilidade prontas para suas instalações, sem que com isto desembolsem um centavo de real. Ora, alegam os governos que tais companhias irão produzir uns cem números de empregos diretos e mais uns cem de indiretos, ideologia!! Pois, por serem empresas multinacionais seus escritórios centrais estão localizados em algum país considerado de primeiro mundo e seus dividendos, tiradas as deduções, vão para o país de origem do capital, ou seja, para o país onde fica o escritório central desta empresa. Pergunto qual o benefício que esta empresa nos traz? Além de explorar uma mão de obra das mais baratas do mundo, como trabalho semi-escravo, leva a maior parte do lucro para o país de origem, sem reinvestir um tostão em nosso solo, ou quando muito, reinvestem provisoriamente, enquanto tiver demanda. Terceiro, o auto-veículo, além de ser um transporte elitista, pois, tem capacidade para transportar cinco, seis, ou mais pessoas, na sua grande maioria, só transporta uma, tomando um espaço inestimável pela quantidade de veículos que são vendidos anualmente, só este ano chegará à marca de 3,4 milhões devendo ultrapassar a Alemanha, segundo dados da reportagem da agencia de notícias bloomberg, causando enormes engarrafamentos e consequentemente prejuízo para a economia nacional. Quarto ceifa milhões de vidas anualmente, ou quando muito causam invalides, segundo a OMS com dados do ano de 2007 o Brasil é o 5° maior em números de mortes no trânsito, chegando a 31,5 mil, equiparando-se a índices de confrontos armados, sem falar no alto custo social que estes acidentes causam ao sistema único de saúde e, acima de tudo, às famílias que perdem seus entes queridos. Quinto, o lobby das montadoras é fortíssimo, pois, tendo a publicidade a seu favor, não estão preocupados com a integração nacional, nem com as condições de vida e acessibilidade do nosso povo. Sexto, os governos antepassados jogaram sujo ao optar por este tipo de transporte, jogaram às traças toda a malha ferroviária que cobria este país depois de gastarem milhões em suas instalações alegando ser inadaptável, ou seja, uma questão de bitola, entregando-as quando muito aos cuidados de multinacionais. Sétimo, além de ser perigoso e elitista, é sujo!!, pois joga na atmosfera monóxido de carbono (Co), dióxido de enxofre (So2) e dióxido de nitrogênio (No2), entre outros, diariamente, aos milhões de metros cúbicos, causando doenças respiratórias e enormes conseqüências ao povo e ao meio ambiente. A saída é transporte de massa, limpo, rápido, confortável, eficiente e seguro!! Metrôs e ciclovias nos grandes centros urbanos e trens balas de última geração interligando as capitais e regiões deste país continental. Toni Mendes (prof. e jornalista)

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