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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Discriminação e Preconceito Racial

A sociedade brasileira passa por uma crise de identidade, valores morais e éticos são deturpados em nome de vantagens pessoais e busca por melhores rentabilidades de capitais. O capital estrangeiro, dito como salvador e gerador de empregos, é pura falácia de ideologia formadora de opinião repassada ao senso comum. Assim falar de melhoria de qualidade de vida é falar em mudanças estruturais que dizem respeito a toda ordem sócio-econômica imposta à população, em especial a mais carente de recursos, emprego e renda. Falar em discriminação e preconceito é abordar estes temas sobre uma ótica mais global, ou seja, é falar também de estrutura e sistemas de ensino. É falar de equalização de renda, é falar de moradia digna, é falar de reforma agrária, é falar de saneamento básico, é falar de transporte de massa, é falar de segurança, e assim sucessivamente. Discriminação e preconceito racial dizem respeito não só a estes temas estruturais, mas também dizem respeito a políticas publicas de melhoria da qualidade de ensino, de melhoria e valorização do profissional de educação através de política salarial digna e reconhecimento do seu papel essencial no seio da sociedade, é falar em formações continuadas sérias e bem planejadas. Debater discriminação e preconceito racial nas escolas se faz urgente e necessário, mas não só isto se faz necessário também mostrar as verdadeiras causas destes preconceitos, suas raízes, sua história que perpassa pela própria formação da sociedade dividida em classes, oriundas de oligarquias incrustadas no poder há séculos e monopolizadoras dos meios de produção e comunicação, repassadoras de ideologias várias. Falar de preconceito e discriminação racial é falar de populações invisíveis aos olhos desta dita sociedade, é falar de seres humanos que vivem à margem, vivenciando toda a sorte de miserabilidade que se possa imaginar. Assim urge a necessidade de transformação, através da conscientização política das massas através do reconhecimento de suas verdadeiras mazelas e perceptoras das verdadeiras causas destas discriminações e preconceitos. Debater o tema discriminação étnico-racial nas escolas é essencial, mas sob o prisma político-ideológico, levando aos menos favorecidos e excluídos sócio-econômico-político-cultural informações precisas e mobilizadoras de saberes e percepções que possam levá-los à transformação de suas realidades. Antonio Mendes S. Filho ( Toni Mendes) Professor e Jornalista

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