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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Adolescentes e Familia

A Influência do Suporte Familiar na Depressão em Adolescentes

Detalhes

Escrito por Érica Vanessa Rodrigues da Silva e Juliany Christine Paiva e Silva | Publicado em Segunda, 23 Janeiro 2012 16:00

Resumo: Sendo a depressão uma doença afetiva ou de humor, na qual há alterações psíquicas e orgânicas, que comprometem o físico, os pensamentos e as emoções, considera-se dentre seus múltiplos fatores, o apoio familiar como um dos principais por ser fundamental no desenvolvimento do indivíduo. Objetivando o estudo acerca da influência exercida pela família sobre o adolescente depressivo, o presente artigo busca conceituar a depressão, ao passo que caracteriza o jovem atingido por esse transtorno. Elenca, ainda, modos de prevenção e tratamento para o mesmo, com foco no apoio familiar, que, sendo ausente, pode ocasionar consequências também retratadas no decorrer deste trabalho. Adota uma pesquisa bibliográfica exploratória com base em análise de artigos científicos, pesquisas em livros e monografias, em meio eletrônico ou não. Por fim, o suporte familiar influencia na forma como o indivíduo se vê e como interpreta as informações vindas da sociedade, sendo de fundamental importância nessa fase do desenvolvimento humano que envolve grandes mudanças. Palavras-chave: Adolescência. Depressão. Suporte. Família.

Introdução

Considerada um dos principais transtornos da atualidade, a depressão, pode ter um aumento significativo de casos até 2020, segundo dados de pesquisa da Organização Mundial de Saúde – OMS. A mesma pode ocorrer em todas as faixas etárias, sendo uma das maiores ameaças do equilíbrio do bem estar humano.

A origem da depressão está ligada a diversos fatores, como genéticos, psicológicos, ambientais e sociais, que podem afetar de diversas maneiras cada indivíduo depressivo. Devido a essa pluralidade de sua origem, e à complexidade de seus sintomas, há dificuldade de seu reconhecimento precoce, prejudicando consequentemente o desenvolvimento preventivo de seu diagnóstico.

A depressão é vista com maior frequência entre os adultos. Então, desperta-se a curiosidade de pesquisa sobre esse transtorno de humor na adolescência, por ser essa uma fase que ocorre entre a infância e a idade adulta, em que o indivíduo sofre várias transformações, tanto físicas, como psicológicas, possibilitando o surgimento de comportamentos irreverentes e desafiantes. É nesta fase onde também ocorre o desenvolvimento do autoconceito, autoestima e de conceitos mais complexos. O adolescente depressivo se percebe como alguém desinteressante e incapaz de contribuir com algo positivo ou construtivo, daí a importância do suporte familiar como influenciador no surgimento e tratamento do adolescente afligido por esse transtorno de humor.

Desta forma, esse estudo enfoca o suporte familiar como sendo um importante influenciador para o desenvolvimento de um adolescente depressivo, através de um histórico genético propício a doenças psíquicas ou de outras variáveis existentes no mesmo, que incluem a importância do apoio da família durante a recuperação do indivíduo.

Este trabalho se justifica ainda pela necessidade acadêmica de se fazer um estudo mais sistematizado sobre o assunto em foco, esperando que este possa também contribuir em nível de esclarecimento para a sociedade em geral sobre a importância da base familiar, tendo essa uma direta influencia na forma como o indivíduo se auto - avalia e como avalia as informações provindas do meio externo, assim como para o esteio emocional da criança e adolescente.

Com o objetivo final de estabelecer noções que possa nos transmitir uma melhor compreensão de como o suporte familiar pode influenciar na origem, evolução e recuperação dos transtornos depressivos no adolescente, foi realizada uma pesquisa em literaturas já existentes, voltada para uma análise conceitual.

Depressão e Adolescência

Os transtornos de humor, nos quais a depressão está inserida, constituem um grupo de condições clínicas caracterizadas pela perda do senso de controle e uma experiência subjetiva de grande sofrimento, sendo que esses acabam por comprometer a vida social, profissional e interpessoal do indivíduo. Embora a principal característica dos estados depressivos seja a proeminência dos sintomas de tristeza ou vazio, nem todos os depressivos relatam a sensação da mesma.

Del Porto (1999) caracteriza a depressão sob três aspectos:

“[...] Enquanto sintoma, a depressão pode surgir nos mais variados quadros clínicos, entre os quais: transtorno de estresse pós-traumático, demência, esquizofrenia, alcoolismo, doenças clínicas, etc. Pode ainda ocorrer como resposta a situações estressantes, ou a circunstâncias sociais e econômicas adversas. Enquanto síndrome, a depressão inclui não apenas alterações do humor (tristeza, irritabilidade, falta da capacidade de sentir prazer, apatia), mas também uma gama de outros aspectos, incluindo alterações cognitivas, psicomotoras e vegetativas. Finalmente, enquanto doença, a depressão tem sido classificada de várias formas, na dependência do período histórico, da preferência dos autores e do ponto de vista adotado. Entre os quadros mencionados na literatura atual encontram-se: transtorno depressivo maior, melancolia, distimia [...]”

O termo depressão, na linguagem corrente, tem sido empregado para designar tanta um estado afetivo normal (a tristeza), quanto um sintoma, uma síndrome e uma (ou várias) doença(s). Embora a característica mais típica dos estados depressivos seja a proeminência dos sentimentos de tristeza ou vazio, nem todos os pacientes, segundo Porto (1999), relatam a sensação subjetiva de tristeza. Muitos referem, sobretudo, a perda da capacidade de experimentar prazer nas atividades em geral e a redução de interesse pelo ambiente.

As classificações e características da depressão podem ser encontradas no DSM-IV (Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais), assim como na CID 10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde), os quais tornam mais claro o entendimento sobre esse transtorno de humor.

A adolescência é um momento de profundas transformações, tanto com o seu corpo quanto com a sociedade. A psicanálise define essa fase como sendo a relação do jovem com o luto, que é o momento em que o mesmo tem um desligamento com os seus pais, dando-se assim um extremo rompimento com a fantasia infantil.

A nossa sociedade define a inserção do adolescente no mundo adulto a partir dos seus relacionamentos com a maturidade, a independência, auto determinação, a responsabilidade e a atividade sexual efetivamente adulta. O adolescente é uma pessoa em crise, no momento em que está desestruturando e reestruturando tanto seu mundo interior como suas relações com o mundo exterior.

Quando uma doença surge na vida de um indivíduo, traz consigo alterações e transformações não só no organismo como também no modo de vida e nas relações sociais do mesmo. Se tratando de uma sintomatologia como a depressão em adolescentes, estas implicações são bastante sérias, uma vez que, não diagnosticadas satisfatoriamente no início do seu desenvolvimento, podem provocar sequelas bastante fortes, como relatam Aragão et al (2009). De fato, observou-se nas duas últimas décadas um aumento muito grande do número de casos de depressão com início na infância e na adolescência. Para conviver com essas implicações, os indivíduos constroem representações sociais que lhes auxiliam na atribuição de sentido para orientar seus comportamentos no decorrer da experiência com a doença.

A depressão entre os adolescentes está mais presente no sexo feminino. As principais causas que levam um adolescente à depressão são a falta de diálogo com os pais, casos de divórcio, dificuldades econômicas e a utilização de bebidas alcoólicas pelos pais. (Del Porto, 1999)

As formas de diagnosticar esse transtorno nos adolescentes são através do Inventário de Depressão de Beck, do Teste de Associação Livre de Palavras, e, por fim, entrevistas semiestruturadas. Os principais sintomas são a irritabilidade, instabilidade, crises de explosão, raiva e graves problemas de comportamento, sendo esses bastante sérios, e uma vez não diagnosticados no início, podem provocar sequelas graves. (Aragão et al, 2009)

Quando o adolescente está em depressão, segundo a psicanálise, ele pode estar querendo se afastar do mundo para encontrar novas escolhas para sua vida. (Lage, Monteiro, 2007)

A Relação da Família com o Adolescente Depressivo

A família, de uma forma geral, é considerada o fundamento básico e universal das sociedades, por se encontrar em todos os agrupamentos humanos, embora variem as estruturas e funcionamentos. A mesma se define como um grupo social, cujos membros estão unidos por laços de parentesco, e paralelamente sofrem influência do ambiente familiar. (Gonçalves, 2006)

A família é um grupo natural que, através do tempo, tem desenvolvido padrões de interação que, por sua vez, governam o funcionamento dos membros da mesma, delineando sua gama de comportamentos e facilitando sua interação. Porém, nem sempre a família é flexível o bastante para proporcionar esse desenvolvimento de acordo com as mudanças das situações que ocorrem.

Por suporte familiar pode-se entender a quantidade de pessoas que moram na casa e suas respectivas funções. É considerada ótima quando houver na família altos índices de carinho e permissão para autonomia e independência. Segundo Alves et al (2008), aqueles que têm a ausência do suporte social ou familiar, estariam mais predispostos a apresentarem um distúrbio psicológico/psiquiátrico quando submetidos a eventos estressantes. Sendo que os relacionamentos pobres na infância e adolescência contribuem significativamente para a aquisição de personalidades vulneráveis, as quais auxiliam na propensão para depressão e modelos insatisfatórios de relacionamento.

Os aspectos familiares devem ser considerados como fundamentais na etiologia ou manutenção da depressão em crianças e adolescentes, já que é nesta fase que se observa uma influência muito grande da família no desenvolvimento do indivíduo.

De acordo com Gonçalves (2006), p. 42:

“[...] A relação família-depressão tem-se fundamentado nos princípios da aprendizagem e sugerem que os relacionamentos familiares, para contribuírem de forma positiva para o tratamento do adolescente depressivo devem dar uma atenção especial nas condições afetivas, que são experenciadas por todos os integrantes da família. A experiência de amar e ser amado é uma das condições essenciais para o desenvolvimento sadio do homem, um sólido alicerce de amor paterno durante a infância dá ao jovem recursos incalculáveis ao ingressar na adolescência, assim, o adolescente se sente amado, não corre o risco de se sentir rejeitado pela família, facilitando uma visão satisfatória sobre o suporte familiar, proporcionando sentimentos de bem estar no adolescente, o que se torna inconsciente com a depressão.”

Assim, relacionamentos sociais construtivos com os membros da família e amigos, podem proporcionar sentimentos de bem estar no adolescente, o que é preventivo à depressão.

Conclusão

Através das reflexões feitas sobre a influência do suporte familiar no adolescente depressivo, percebe-se a necessidade de se entender mais sobre o respectivo transtorno de humor, que através dos fundamentos teóricos estudados, entendem-se os inúmeros fatores que contribuem para o seu surgimento, e quão importante é a relação da família com o indivíduo depressivo, principalmente no que tange a fase da adolescência, por ser essa constituída de transformações e grandes incertezas do próprio indivíduo que está em processo de construção da sua identidade.

É importante observar a fundamental importância que existe na relação entre a família e o adolescente depressivo, afinal, essa influencia e é influenciada pelo adolescente, tendo grande destaque neste processo.

Por fim, é importante ressaltar que a relação familiar pode vir a influenciar a origem, a evolução e recuperação do adolescente depressivo, sendo que não existe apenas um fator isolante e sim um conjunto de fatores, no qual o suporte familiar faz parte.

Fonte: A Influência do Suporte Familiar na Depressão em Adolescentes - Saúde Mental - Psicopatologia - Psicologado Artigos http://artigos.psicologado.com/psicopatologia/saude-mental/a-influencia-do-suporte-familiar-na-depressao-em-adolescentes#ixzz1lHFvOYet

A Sexualidade na Escola

A Sexualidade na Escola: Homossexualidade

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Escrito por Caio Augusto, Caroline Dutcovsky, Maria de Lourdes Palmieri, Michelle Silva e Sthefanny Ferrari | Publicado em Domingo, 20 Novembro 2011 15:31

1. Introdução

O tema Homossexualidade, mesmo tão presente na contemporaneidade, ainda é um assunto de grande repercussão, geralmente considerado como “tabu”, principalmente quando abordado dentro de uma família tradicional, como exemplo, um programa humorístico da televisão brasileira que retrata a culpabilidade de um pai ao ver seu filho “desmunhecar” frente a situações sociais com o bordão: “Mas, onde foi que eu errei?!!”, demonstrando claramente essa escandalização da temática.

Relacionar-se com um parceiro do mesmo sexo é uma ocorrência relativamente comum no mundo através dos tempos, porém, ainda com a presença de indivíduos homossexuais e bissexuais na história da humanidade o tema continua trazendo muitas controvérsias na modernidade e contraditoriamente em uma sociedade que se nomeia tão “liberal”, colidindo com dogmas morais e religiosos, influenciados por ignorância e contrastando com intuitos políticos.

A discussão acerca da homossexualidade dentro de comunidades de estudiosos ainda é muito acirrada, pelo fato da ciência ainda não ser suficientemente capaz de determinar sua causalidade. “Seria a homossexualidade predominantemente um fator de cunho ambiental?”; “Seria ela, puramente genética, sendo assim, onde está o tal `x colorido´?” ; “Ou talvez, um conjunto de fatores, misturando o meio, a biologia e a cultura, formando uma multicausalidade?” Bem, estas respostas são o que milhares de estudiosos das mais diversas linhas da psiquiatria, psicologia, biologia, medicina geral, neurociências, sociologia e antropologia desejam poder responder um dia. Até então é muito dito que se trata de um aspecto da condição humana que acarreta profundos efeitos sobre a vida de um sujeito e da comunidade em si.

1.1 O Que é Homossexualidade?

A sexualidade envolve o comportamento, ato sexual, noções de gênero (feminino e masculino), dentre outros. O ser humano moderno vive em uma sociedade que não possui o costume de enxergar o sexo como algo natural do ser vivo e de cada indivíduo em particular. Existe a ideologia de que “deve-se ser igual/normal”, sendo assim qualquer diferença é mantida em segredo, causando uma angustia ao individuo (PICAZIO, 1998).

É preciso entender o que de fato seria um problema em si e o que é designado como problema pela sociedade, uma vez que o desejo não causa dor, a problemática no caso seria a sociedade que não aceita seus diferentes membros, pois cada um tem sua combinação de sexualidade e buscam-se diferentes modos de relacionamento. O melhor caminho é a aceitação para se obter uma vida melhor em uma sociedade civilizada (PICAZIO, 1998).

As possibilidades são diversas e não é conveniente, em um tempo com preceitos tão liberais, julgar o que é certo ou errado. A sociedade contemporânea está passando por grandes transformações, onde, por exemplo, algumas questões consideradas anteriormente como eternas, hoje já se modificaram e continuam se modificando (PICAZIO, 1998).

Freud, grande estudioso dos processos subjetivos da mente e pai da psicanálise, no início do séc. XX apontou algumas possíveis causas da homossexualidade determinando, basicamente três fatores causais: a forte ligação com a mãe, a fixação na fase narcísica e o complexo de castração.

“No primeiro, o homossexualismo teria início devido a uma forte e incomum fixação com a mãe o que impediria essa pessoa de se ligar a outra mulher. O segundo fator, o narcisismo, faz com que a pessoa tenha menos trabalho em se ligar ao seu igual que em outro sexo. A estagnação na fase narcísica faria com que "o amor fosse para eles sempre condicionado por um orgão genital semelhante ao deles" (Ferenczi). O terceiro fator, aponta problemas relativos à travessia da castração, isto é, sofrimentos relativos as perdas e a idéia de morte que deixariam a pessoa acomodada ou acovardada na sua psicossexualidade” (LIMA, 2001).

Um esclarecimento importante a se ressaltar é a confusão de terminologias quanto a referencia ao homossexual. O termo Homossexualismo, que podia ser visto antigamente até mesmo em um manual importante para consultas de profissionais da área médica como o CID-9 (Código Internacional de Doenças), admitia que o indivíduo homossexual possuía um transtorno mental e, portanto, era “doente”. O sufixo “ismo” da palavra traz um significado “patológico/doença”. O “Homossexualismo” estava incluído dentro do capítulo V: Transtornos Mentais, com o código 302.0, mas nos últimos anos, com a explosão de grupos denominados “gays” crescendo não apenas no Brasil como no mundo, houve a necessidade de não somente adequar o manual, como em suas revisões, modificar a forma que o assunto era abordado.

Freud cita acima o termo “homossexualismo”, muito provavelmente por ter como formação a medicina, e em sua época esta nomenclatura e ideologia patológica fosse a aceita em termos de comunidade médica.

É preciso lembrar, por outro lado, que o CID não é somente uma classificação de doenças, lesões e causas de morte, em suas últimas revisões, passou a ser utilizado como instrumento para codificar motivos de consultas em serviços de atendimento médico, passando então a incluir várias entidades que não são doenças, lesões ou causas de morte (LAURENTI, 1984).

A partir de tantas discussões causais, com constantes questionamentos se “é doença?”, e com o imenso crescimento de grupos de homossexuais lutando por suas identidades nas mais diversas culturas, convencionou-se então a utilização do termo “Homossexualidade” como referência ao indivíduo que possui maior afinidade psicofísicosexual por membros do mesmo sexo.

Atualmente, dentro do CID-10 , continua existindo um código para homossexualismo (F66.x1) por se tratar de um instrumento estatístico para classificar causas de morte, diagnósticos de internação hospitalar e motivos de consulta mesmo que contra isso continuem os movimentos, pressões e apoios. Este código apenas deixaria de existir quando não houvesse mais, em absolutamente nenhum lugar do mundo consultas motivadas pelo fato de ser homossexual. Da mesma maneira que o heterossexualismo agora existe no CID e será discutido quando trouxer a um indivíduo algum desconforto ou, principalmente, discriminação, o que o levará a procurar, sob diversos pretextos, um médico para orientá-lo. (LAURENTI, 1984). Vamos aguardar o CID-11 em 2014 e observar como as mudanças culturais e temporais da sociedade influenciam estes códigos e suas nomenclaturas.

Os indivíduos ainda hoje têm grandes duvidas sobre como a homossexualidade “surge”, se seria possível evitá-la ou não, se seria um desvio ou algo natural, se é algo que se passa de pessoa para pessoa. A resistência em entender a homossexualidade pode se dar pelo fato de se acreditar erroneamente que “é um desejo adquirido ou aprendido” e não apenas algo natural como a heterossexualidade, onde se sente um desejo como qualquer outra pessoa (PICAZIO, 1998).

Uma grande problemática psicológica que um adolescente ou adulto pode ter, é a constatação de ser homossexual, pois não é fácil para o indivíduo ter um desejo que não é respeitado pelos demais e um desejo que é ainda muito perseguido pela sociedade, passando por uma batalha pelo preconceito, engajando-se na luta por seus direitos. Com tantos problemas, preconceitos e julgamentos, se a homossexualidade fosse uma opção, quem a escolheria?

Ainda que se tente disfarçar a condição homossexual e os sentimentos deste indivíduo em relação aos amigos, parentes, etc não é algo fácil mentir para os outros e principalmente para si. E com isso, esses sentimentos vão causando ao individuo um sentimento de culpa, de anormalidade e assim, acabam ficando entre o viver e o medo de ser rejeitado. Porém, em muitos casos o individuo consegue desabafar e tirar esse “peso de suas costas”, dizendo tudo o que sente para família, amigos, e parentes num geral, acabando com aquele incomodo de mentir para todos em sua volta, podendo então buscar sua felicidade sem medo e ser amado por quem se é, não importando sua orientação sexual (PICAZIO, 1998).

1.2 Hipóteses sobre a Homossexualidade

Há muitas controvérsias sobre a gênese da homossexualidade, os grandes estudiosos almejam muito saber se é determinado geneticamente, se é resultado da educação ou do meio ambiente em que a pessoa é criada.

“Tudo na sexualidade está a serviço da sobrevivência dos indivíduos dos gens ou das espécies (da natureza). No humano, seguramente também. Ainda que, no humano, os caminhos da sobrevivência (no imaginário) atravessam estranhos percursos de morte e de inefabilidade. O homem é anjo e animal, digamos: não é estranho que sua sexualidade seja mistério. Desde os gens até a cultura, nos informam desses assuntos estranhos e misteriosos” (GRAÑA, 1998, p. 110).

O neurobiólogo Roges Goski (Universidade da Califórnia) fez alguns experimentos laboratoriais com hormônios masculinos (testosterona) em fêmeas e observou que desde as primeiras fases de suas vidas, esses animais tendiam para comportamentos mais masculinos (mais agressivas, além de uma maior atração por fêmeas).

O geneticista Dean Hamer (Instituto Nacional de Saúde dos EUA) garante que a homossexualidade possui uma determinação genética, pois ele afirma ter descoberto genes em uma determinada região, apelidada por ele de GAY-1, associados à homossexualidade. Porém, essa hipótese não possui muita credibilidade no meio científico americano. Esta é uma tese muito discutida, pois tira a homossexualidade no âmbito da escolha (e portanto opção do indivíduo e estilo de vida), trazendo-a como resultado de uma variação genética.

A nova geração de psicólogos, tende à valorização de relações extra-familiares, ou seja:

As relações interpessoais com vizinhos, colegas da escola e da rua, como fatores que mais pesam no desenvolvimento da personalidade, nesse sentido, meninos que se comportam segundo o estereótipo de menino (gostam de brincadeiras mais agressivas, se identificam com heróis, gostam de aventuras, ação, são menos obedientes e se encrencam na escola por má conduta mais que as meninas etc) se diferenciam delas que costumam ter um jeito mais suave e introspectivo. O "normal" nessa cultura é esperar que os meninos sintam-se atraídos pelas mulheres, mas não em ser como elas. Porém, sobram perguntas sem respostas satisfatórias. Como entender as pessoas que desde crianças sentem-se atraídas pelo estilo das meninas? Será que, só por essa tendência, fatalmente desenvolverão homossexualismo ou será apenas uma fase passageira? E as meninas que admiram mais as meninas, que são fascinadas por pessoas famosas, será que estão sendo atraídas a se tornarem homossexuais ou trata-se somente de simples admiração? (LIMA, 2001).

FERENCZI (1911;1992, p.117-130) diz que: “a criança, num certo estádio do seu desenvolvimento normal, manifesta sentimentos anfieróticos, quer dizer, ela pode transferir sua libido ao mesmo tempo para o homem (o pai) e para a mulher (a mãe)”.

Pode ser observado em diversas culturas do mundo que as pessoas podem ter atração pelo mesmo sexo e se distanciar do sexo oposto, ou seja, as amizades são mais fáceis de acontecer em grupos inteiramente masculinos ou inteiramente femininos do que em grupos mesclados.

Até o presente momento, os estudiosos no assunto, parecem concordar em um ponto: não há como determinar uma causa/ motivo para Homossexualidade.

1.3 Panorama Sócio-Histórico

FOUCAULT (2005) faz uma análise da ciência do sexo (scientia sexualis), cujo objetivo era obter informações sobre esse aspecto do ser humano. Segundo o autor, a partir dos SEC. XVI e XVII houve uma proliferação dos discursos sobre o sexo, com o claro objetivo de se obter o controle sobre o mesmo.

No Séc. XIX , torna-se um projeto cientifico, visando produzir verdades sobre o sexo, mas claramente comprometido com o evolucionismo e o racismo oficial. Através do discurso médico, protegido pela pretensa neutralidade cientifica, o sexo passa a ser relacionado a uma “moral de assepsia com interrelação entre o patológico e o pecaminoso, associado à biologia da reprodução” . À ciência, atribuiu-se a tarefa de produzir discursos verdadeiros sobre o sexo, e isto tentando ajustar, “o antigo procedimento da confissão às regras do discurso científico.” (pg. 66). No caso da confissão, os fiéis eram incentivados a contar suas práticas e desejos sexuais, mas com o objetivo de obter controle e poder sobre aquele que confessava, já que era o representante religioso que detinha o poder de condenar ou absolver o confessor. Aos poucos , a noção do sexo ligado a patologia e ao pecado, foi se desvinculando do discurso religioso e “emigrou para a pedagogia, para as relações entre adultos e crianças, para as relações familiares, a medicina e a psiquiatria” (pg. 67).

A ciência sexual no ocidente difere da Arte erótica existente em países orientais, que busca saber sobre o prazer, não com o intuito de produzir verdades ou domínio sobre o mesmo, mas visando ampliá-lo. Note que enquanto no ocidente a produção de verdades sobre o sexo tinha como objetivo principal a obtenção de domínio e “ assujeitamento”, os orientais, buscavam o prazer que pode ser obtido do sexo. Por isso, para o autor, a homossexualidade é uma forma de romper com o discurso dominante, um ato de rebeldia e não submissão aos poderes estabelecidos e legitimados. Desta forma, a homossexualidade teria um caráter transformador, desafiando regras e convenções.

2. Aspectos Teóricos

A seguir serão apresentadas algumas explanações teóricas acerca dos principais aspectos tratados neste artigo:

2.1. Sobre A Educação

A educação sempre esteve presente na humanidade. Os indígenas, por exemplo, passavam para seus filhos tudo o que era essencial para se tornarem grandes guerreiros. Existiam também certas características específicas de cada tribo que eram passadas de pai para filho, não existindo uma escola ou um educador, mas sim, a transmissão de cultura e conhecimento retransmitidos todos os dias para a tribo (BRANDÃO, 1991).

O processo de educação surge com a família, no momento em que os pais ensinam a seus filhos o que julgam ser certo e como devem ser comportar. Iniciando assim a formação da criança.

A aprendizagem é um fenômeno natural, no momento em que o bebê vem ao mundo é exposto a vários fatores de aprendizagem, alguns inatos, como a sucção, outros aprendidos culturalmente, como por exemplo, a partir da identificação de sons até a consolidação da fala com uma linguagem específica. A educação está em todo lugar, e em situações completamente diferentes umas das outras, dependendo muito da cultura de determinado povo, porém, não há um único modelo de educação, ela pode estar presente nas escolas, teatros, famílias, etc (BRANDÃO, 1983).

A escola, por exemplo, faz parte do meio de aprendizagem do indivíduo, pois assim, este é capaz de adquirir conhecimentos referentes a áreas específicas, como por exemplo, Matemática, Geografia, História, Língua Portuguesa, entre outras. Porém a escola não transmite apenas conhecimentos obtidos pela ciência, mas também educa a criança para a vida, dando continuidade ao processo da família.

O processo de aprendizagem busca desenvolver no indivíduo o interesse, a curiosidade e a motivação, para assim estimular a vontade de aprender.

Aprender significa tornar-se, sobre o organismo, uma pessoa, ou seja, realizar em cada experiência humana individual a passagem da natureza à cultura. (BRANDÃO, 2006, p. 22).

A educação forma a personalidade do indivíduo médio e o prepara para viver a cultura, é pela educação que a gênese da cultura se opera no indivíduo. Pode-se descrever a cultura mostrando como o indivíduo a assimila e como nele se constitui, à medida que ele a vai assimilando. Isto porque a educação é, ao mesmo tempo, uma instituição que o indivíduo encontra e o meio que ele tem para encontrar todas as instituições (DUFRENNE apud BRANDÃO, 2006).

A formação do adulto é um processo de aquisição pessoal de saber, crença e hábito de uma cultura; essa passagem de cultura de um sujeito para outro é denominada hoje como educação, ou seja, a educação nada mais é do que um processo contínuo que busca a transmissão de conhecimentos, uma relação de troca e de saber entre as pessoas, que visa uma melhor integração individual e social.

A educação é um processo de produção de conhecimento e qualificações que juntas constroem tipos de sociedades, onde, a educação de uma certa sociedade tem identidade própria, pois ela está estruturada de acordo com a sua cultura.

2.2. Homossexualidade na Escola

Nos tempos atuais há uma grande necessidade de repensar sobre as relações humanas, focando principalmente na homossexualidade. Mesmo não obtendo respostas dadas pela ciência ou pela psicanálise ajudam na mudança rápida e na opinião das pessoas. Antigamente a homossexualidade era encarada como algo errôneo, mal visto pela sociedade. (MIRELLA, 2009).

Segundo MIRELLA (2009), estamos em uma face de transição de opinião que vem sendo notório a todos. É comum vermos casais homossexuais em bares, restaurantes, festas, cinemas, e cada dia mais essa liberdade de escolha sexual começa a ser aceita, mostrando a mudança da sociedade.

Um dos primeiros contatos sociais que a criança e o adolescente encontram em suas vidas são as escolas, onde aprendem lógica, línguas e principalmente sobre outras culturas e sociedades. Porém, nem todos os assuntos são abordados com afinco, como por exemplo, a homossexualidade ainda tratado com preconceito e desinformação. É comum nas escolas brincadeiras de mau gosto, maus tratos físico e/ou verbal ao individuo homossexual, podendo causar-lhe grandes danos psicológicos e morais, sem que os demais percebam e assim dando continuidade as suas “brincadeiras”. As escolas tanto particulares quando publicas deveriam abranger mais sobre esse assunto, dando oportunidade dos alunos se aproximarem mais e de obter mais conhecimento. Normalmente as escolas particulares não dão ouvido ao aluno homossexual que esta passando por problemas na escola, causando um grande impacto na vida social desse aluno. (SANTOS, 2010).

Aprendemos a viver em sociedade e para a sociedade é na escola que o aluno conhece seus direitos e deveres, se manifesta, constrói sua própria opinião e aceita as diferenças dos outros, o professor entra como um gancho mediador de todo o conhecimento que está sendo construído e se necessário trabalha para modificá-lo. Para se trabalhar com o assunto da homossexualidade em sala de aula, observamos varias dificuldades, como o constrangimento por parte de alguns alunos , por tratar-se de um assunto “reprimido” na sociedade, causando conflitos entre a escola e os pais, que muitas vezes desinformados, julgam a disciplina e assim criam obstáculos. (MIRELLA, 2009).

A capacitação dos professores e as ações educativas da escola, são fundamentais para favorecer o fortalecimento da educação sexual, focando principalmente nos assuntos sobre homossexualidade e lesbianismo, potencializando a possibilidade de relação humanas mais igualitárias. (MIRELLA, 2009).

2.3. Homofobia e a Constituição

A homossexualidade não é mais vista como doença, como desvio, como crime pela medicina e psicologia, porém a escola continua a esquivar-se de tratar esse assunto, ou quando tenta mencionar o tema, este vem carregado de preconceitos e piadas contribuindo assim para a exclusão e violência desse grupo social.

Discutir sobre a homossexualidade é um tabu nas escolas, causando diversas reações, desde surpresa, vergonha e risos a horror, desdém e desconfiança. A homofobia incomoda tanto o homossexual quanto que a reproduz.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) publicou em 2004 o estudo Juventude e Sexualidade, fruto de uma pesquisa em 14 capitais brasileiras. O levantamento indicou, entre outros tópicos, que cerca de 27% dos(as) alunos(as) não gostariam, por exemplo, de ter um(a) colega de classe homossexual, 60% dos professores(as) não sabem como abordar a questão em sala de aula e 35% dos pais e mães não apóiam que seus filhos(as) estudem no mesmo local que gays e lésbicas. (GUIA PARA EDUCADORES(AS), 2006, p.8).

A pesquisa realizada pela UNESCO já revela como a maioria das escolas lida com a homossexualidade, esta evita falar ou discutir o tema.

A homossexualidade nas escolas é muitas vezes vista como uma prática desviante, amoral, fora dos padrões aceitáveis para um processo educativo, ou simplesmente ela é silenciada, percebida, mas ignorada (ABRAMOVAY, 2004).

Dentro dessa educação homofóbica que vem acompanhada de uma falta de sensibilidade para o diferente acaba-se tendo como resultado o silencio e a dissimulação. A incapacidade de muitas escolas em estudar esse tema, diluir os preconceitos e cessar as piadas, comentários maldosos, transferências de alunos por não adequação à escola e aos padrões por ela imposta, acaba resultando em quando não é possível esconder ou silenciar a manifestação de alunos homossexuais, a homofobia atua da forma cruel e intolerante entre os alunos e com a anuência ou omissão de professores.

Outra contradição que se pode encontrar na escola é que ao mesmo tempo em que ela reproduz a homofobia negando o reconhecimento para esses sujeitos, esta se alicerça em leis e estatutos que rejeitam qualquer tipo de exclusão, desrespeito a liberdade e integridade humana. Assim, todas as escolas deveriam respeitar a Constituição Federal de 1988, que em seu artigo 5° diz o seguinte:

Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se a todos a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e a propriedade. Ninguém será obrigado fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei. (parágrafo 2º)

III - Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento desumano ou degradante.

Também é encontrado no artigo 15 do Estatuto da Criança e do Adolescente (1990):

Art. 15 – A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais, garantidos na Constituição e nas leis.

A homofobia é uma produção histórica cultural que já foi justificada nas ciências e leis, e a escola inserida nessas condições históricas as reproduz e reafirma o que a sociedade exige dela, portanto ela não é criação exclusiva da escola, é produto de toda uma produção histórica ao longo de décadas.

A homofobia acabou adquirindo explicação para ser praticada e foi banalizada pela sociedade e escola, na qual as atitudes preconceituosas chegam a ponto de tornarem-se normais.

A escola deve ser pensada como um ambiente onde valores humanos, igualdade, respeito, solidariedade e democracia sejam os pilares fundamentais, e onde também, a exploração, e qualquer forma de discriminação seja rigorosamente combatida. Um novo mundo está por nascer e, talvez ele dê seus primeiros passos na escola, para isso precisamos tomar consciência da discriminação e aos poucos desconstruirmos preconceitos, racismos, machismos e homofobias (LUCION, 2009, p.14).

3. Conclusão

De forma geral, o assunto “Homossexualidade” é abordado na escola, porém sem dar muita ênfase, tendo em vista que as principais questões são DST, gravidez, uso de preservativo e prevenção.

Segundo (LUCION, 2009),a educação sexual não está voltada para a diversidade colocada, mas sim em padrões heterossexuais fixos que acabam produzindo pessoas infelizes, cercadas de culpa por serem diferentes. A sociedade de padrões brancos, masculinos, heterossexuais acaba refletida na escola que segue esses mesmos padrões transformando aqueles que não se encaixam nesse esquema em pessoas indesejáveis, passiveis de serem ridicularizadas, desprezadas, segregadas, vítimas das piores violências e ódio que assim é chamado de homofobia.

Neste momento encontra-se uma grande contradição, pois o papel da escola e dos educadores é de inclusão. Há programas de inclusão dos portadores de necessidades especiais, inclusão do ensino indígena nas aldeias, da cultura afro, dos adultos para alfabetização e, no entanto, sobre as manifestações de sexualidade a escola mantêm-se silenciosa, contribuindo muito para a pratica da homofobia.

FERNANDES (2007) analisa a relação da família com adolescentes homossexuais, mas tem seu foco no contexto escolar, uma vez que a escola é o ambiente que deve favorecer o respeito pela diversidade. Embora, na pratica as coisas não sejam bem assim, pois na escola o adolescente homossexual sofre discriminação e preconceito, e dificuldade de aceitação por parte de alunos e professores. Os amigos tendem a se afastar, pois acabam também sendo rotulados como homossexuais e sofrendo o mesmo tipo de discriminação e preconceito. Desta forma, o adolescente homossexual acaba sendo vitima de muito sofrimento, provocado pela rejeição no espaço que deveria servir como mediador e acolhedor destes jovens. Os homossexuais não são vistos como normais e produtivos, gerando um isolamento por parte do próprio sujeito, o que compromete a constituição de sua identidade, fazendo com que o mesmo ou repense sua opção sexual ou se marginalize buscando preservar sua opção . Isto se deve segundo LOURO (apud Fernandes 2007), ao fato de que as pessoas sentem a heterossexualidade ameaçada e se obrigam a afirmá-la de todas as formas possíveis. Na escola, os alunos não são estimulados a serem solidários com seus colegas “diferentes”, étnicos, sexuais ou com necessidades especiais. Vê-se aí, que a escola ao não abordar estas questões, acaba por legitimar as marcas da diferença. Segundo a autora, a sociedade não discute abertamente a homossexualidade, com medo de que isso possa interferir na orientação sexual dos adolescentes, mas que a escola tem a obrigação de discutir o tema, uma vez que é uma instituição social, cuja função é formar cidadãos.

A escola deve ser fonte de conhecimento e desmistificação de tabus e preconceitos infundados. A escola se apresenta ignorante quando não aprofunda tais questões, não adianta falar sobre o assunto se a forma de apresentá-lo estiver carregada de preconceitos, sem um preparo do profissional que se dispõe a falar (FERNANDES, 2007).

Somente através da discussão objetiva, clara e isenta de preconceitos, é possível tratar a sexualidade de forma ampla, dentro do espaço escolar, pois o silencio fortalece o preconceito e a desinformação.

Fonte: A Sexualidade na Escola Homossexualidade - Sexualidade - Psicologia Geral - Psicologado Artigos http://artigos.psicologado.com/psicologia-geral/sexualidade/a-sexualidade-na-escola-homossexualidade#ixzz1lHDeCGlY

Bullying - 02/02/12

As Consequências Psicossociais do Bullying no Rendimento Escolar

Detalhes

Escrito por Alex Barbosa Sobreira de Miranda e Naila Luíza de Carvalho Mauriz | Publicado em Quinta, 12 Janeiro 2012 16:00

1. Considerações Iniciais

O bullying pode ser identificado por meio de algumas ações, como ressalta a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à infância e à Adolescência (Abrapia), citado por Palácios et al, 2006: "colocar apelidos, ofender, zoar, gozar, encarnar, sacanear, humilhar, fazer sofrer, discriminar, excluir, isolar, ignorar, intimidar, perseguir, assediar, aterrorizar, amedrontar, tiranizar, dominar, agredir, bater, chutar, empurrar, ferir, roubar, quebrar pertences“.

No ambiente escolar desenvolvem-se várias práticas comuns aos estudantes, muitas delas acabam do que poderia ser adequado para um relacionamento interpessoal saudável. O bullying é entendido atualmente como uma prática prejudicial ao convívio daqueles que são considerados “diferentes” da maioria e que são perturbados pelas brincadeiras “pesadas” de seus companheiros de sala.

Essas brincadeiras de mau gosto são conhecidas pelo termo inglês bullying, que significa “intimidar, ameaçar”, ou seja, são atitudes de agressão verbais, físicas e/ou psicológicas cometidas contra um aluno, ou contra uma minoria.

Esses comportamentos se expandiram ao redor do mundo, e hoje já identificamos esses comportamentos até mesmo na internet, é o chamado cibyerbullying, quando acontecem atos verbais de violência contra alguém por meio virtual.

A melhor maneira de identificar o bullying é observar quando um apelido ou uma brincadeira se torna demasiadamente repetitiva e constrangedora, perceber se a vitima se afasta do convívio com os demais ou das atividades coletivas. Também cabe aos professores atentar naqueles autores de brincadeiras desagradáveis, ou até mesmo que tenham comportamentos com tendências violentas.

Também é importante frisar que alguns professores podem praticar bullying com aqueles alunos que de alguma maneira apresente bloqueios ou dificuldades de aprendizagem. Esses comportamentos violentos são reforçados por aqueles que temem ser também vitimas dos autores de bullying, que silenciam às práticas de maus tratos que presenciam, e mesmo sem saber, estimulam esses comportamentos, pois fortalecem os praticantes que não são punidos.

Os autores das agressões muitas vezes são pessoas que não se importam com os outros e são incapazes de perceber a situação do outro, geralmente são muito populares, e são oriundos de famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre pais e filhos é muito pobre ou inexistente. (TAVARES, 2010).

As práticas de bullying ofendem os princípios morais dos envolvidos, e conseqüências judiciais podem ser usadas para tentar punir os praticantes. As escolas também podem ser responsabilizadas por atos cometidos e negligenciados. Esse tema é muito amplo e compreende vários aspectos da realidade das escolas em todo o Brasil, inclusive está bem mais próximo do que se possa imaginar.

1.1 Conhecendo o fenômeno bullying

O bullying é considerado um fenômeno tão antigo quanto à própria instituição Escola. Entretanto, essa prática só veio a ser alvo de estudo científico a partir da década de 1970. A palavra bullying, que é utilizada para caracterizar comportamentos violentos no âmbito escolar, não é conhecida de forma abrangente para o grande público brasileiro, visto que, é de origem inglesa e não possui tradução ainda no Brasil. Entretanto, é possível encontrar traduções na literatura para a palavra “bully”: que implica dizer, indivíduo brigão, valentão ou tirano. A Suécia foi o primeiro país a demonstrar interesse pela violência entre os estudantes e suas conseqüências no âmbito escolar. (SILVA, 2010).

Há muitos anos, de modo especial a partir dos anos 90, o trabalho sobre bullying despertou intensa motivação e desenvolvimento, tanto em instituições públicas quanto privadas. No Brasil, as pesquisas e a atenção voltadas ao tema ainda se dão de forma incipiente. A Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à infância e à Adolescência (Abrapia) (citado por SILVA, 2010) se dedica a estudar o fenômeno bullying desde 2001. (SILVA, 2010).

A prática do bullying é classificada como direto quando vítimas são atacadas diretamente, ou seja, quando são atacadas fisicamente, ou indireto, quando estão ausentes, que é o praticado pelas costas, espalhando boatos negativos em frente à mesma. Além desses dois, estão entre os tipos de bullying: verbal, escrito, emocional, sexual e cibyerbullying. (LOPES NETO, 2005).

1.2 Conhecendo as personagens dessa história: as vítimas

A vítima costuma ser a pessoa mais frágil, com algum traço destoante do “modelo” culturalmente imposto pelos seus pares, traço este que pode ser físico (uso de óculos, obesidade, alguma deficiência, muitas espinhas), emocional (timidez, introversão) ou relacionada a outros aspectos culturais, étnicos ou religiosos.

De acordo com Smith e Marita (1999, citado por MARTINS, 2005). A criança vitimada pode estar em desvantagem numérica, ou só entre muitos, ser a mais nova, a menos forte, ou simplesmente ser menos autoconfiante. A criança ou crianças exploram essa oportunidade pra infligir dano, obtendo quer gratificação psicológica quer no estatuto de seu grupo de pares.

Aquele aluno é considerado alvo de bullying quando é exposto, por muito tempo e de forma repetida, às ações negativas praticadas por um ou mais alunos. De modo que, situações negativas acontecem quando, alguém de forma, intencional e repetida, causa dano, fere ou incomoda outra pessoa. (LOPES NETO, 2005).

Sem esperanças quanto às possibilidades de se adequarem ao grupo e com dificuldades para novas amizades, algumas vítimas crêem serem merecedores do que lhes é imposto. Têm poucos amigos, são passivas e não reagem aos atos de agressividade sofridos. O agredido costuma ser uma pessoa que não dispõe de habilidades físicas e emocionais para reagir, tem um forte sentimento de insegurança e um retraimento social suficiente para impedi-lo de procurar ajuda.

1.3 Identificando os agressores

Os autores do bullying, frequentemente, são indivíduos que pertencem a famílias desestruturadas, com pouco relacionamento afetivo e cujos pais exercem uma supervisão pobre sobre eles, oferecendo o comportamento agressivo ou explosivo como modelo na solução de conflitos o que, em tese, aumenta a probabilidade desses jovens se tornarem adultos antissociais e violentos e/ou violentos. (TAVARES, 2010).

O agressor atinge o colega com repetidas humilhações ou depreciações porque quer ser mais popular, se sentir poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. É uma pessoa que não aprendeu a transformar sua raiva em dialogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir. Pelo contrário, se sente satisfeito com a reação do agredido, supondo ou antecipando quão dolorosa será aquela crueldade vivida pela vitima. (SANTOMAURO, 2010).

[...] Um dos casos mais emblemáticos e com fim trágico ocorreu nos Estados Unidos em 1999, no colégio Columbine High School, em Denver, Colorado. Os estudantes Eric Harris, de 18 anos, e Dylan Klebold, de 17 assinaram 12 estudantes e um professor. Deixaram mais de vinte pessoas feridas e se suicidaram em seguida. A motivação para o ataque seria vingança pela exclusão escolar que os dois teriam sofrido durante muito tempo. Investigações também demonstraram que não somente eles eram alvos de bullying, como também eram os próprios agressores de alvos de bullying. (SILVA, 2010)

Possuem em sua personalidade traços de desrespeito e maldade, e na maioria das vezes, essas características estão associadas a um perigoso poder de liderança que, em geral, é obtido ou legitimado através da força física ou do intenso assédio psicológico. Os agressores apresentam, desde muito cedo, aversão às normas, mas não aceitam serem contrariados ou frustrados, geralmente estão envolvidos em atos de pequenos delitos. (SILVA, 2010).

[...] Aproximadamente 20% dos alunos autores também sofrem bullying, sendo denominados alvos/autores. A combinação da baixa auto-estima e atitudes agressivas e provocativas é indicativa de uma criança ou adolescente que tem como razão para a prática do bullying, prováveis alterações psicológicas, devendo merecer atenção especial. Podem ser depressivos, inseguros e inoportunos, procurando humilhar os colegas para encobrir suas limitações. (Lopes Neto, 2005).

MIHALICH et al (1999citado por CUNHA 2009) ressalta que uma importante fonte de informação é a literatura a respeito do comportamento anti-social. Estudos observaram uma relação significativa entre o bullying e o comportamento anti-social, sendo que 60% dos garotos identificados como agressores de seus pares no período entre o 6º e 9º anos foram condenados por pelo menos um crime quando adultos.

O agressor apresenta uma tendência maior para comportamentos de risco, como o consumo de tabaco, álcool ou outras drogas e porte de armas. Os agressores podem apresentar consolidação de seu papel de agressor com a continuidade deste ao longo da vida. (BANDEIRA et al2010).

De acordo com Cantini (2004 citado por BANDERIA et al 2010) e Rolim (2008 citado por BANDERIA et al 2010), sustentam que o tipo pernicioso de agressão utilizada no bullyingfaz com que as vítimas sejam alvos que, por diferentes motivos, não conseguem se defender eficazmente das agressões. Isso faz com que os autores consigam solidificar suas posições na hierarquia do grupo a que pertencem ou também aumentem sua popularidade entre os colegas.

1.4 Conhecendo os espectadores do bullying

Nem sempre reconhecido como personagem atuante em uma agressão, é fundamental para a continuidade do conflito. O espectador típico é uma testemunha dos fatos: não sai em defesa da vítima que nem se junta as agressores. Quando recebe uma mensagem, não repassa. Essa atitude passiva ocorre por medo de também ser alvo de ataques ou por falta de iniciativa para tomar partido. Também considerados como espectadores, há os que atuam como uma platéia ativa ou uma torcida, reforçando a agressão, rindo ou dizendo palavras de incentivo. Eles retransmitem imagens ou fofocas, tornando-se co-autores ou co-responsáveis (SANTOMAURO, 2010).

Podem ser divididos em espectadores passivos, ativos e neutros. Os espectadores passivos assumem uma postura por medo absoluto de se tornarem a próxima vítima. Os espectadores ativos são os alunos que, apesar de não participarem ativamente dos ataques contras as vitimas, manifestam “apoio moral” aos agressores, com risadas e palavras de incentivo. E os espectadores neutros, são aqueles que por uma questão sociocultural não demonstram sensibilidade pelas situações de bullying que presenciam. (SILVA, 2010).

Na longa tradição da psicologia cognitiva, o ser humano formula percepções e avaliações sobre os seus comportamentos e desempenhos (Hei der, 1944, apud Almeida et al, 2008), buscando também uma explicação para os níveis de rendimento atingidos. Na escola, em particular, os alunos vão desenvolvendo justificativas que os ajudam a interpretar os seus melhores e mais fracos resultados acadêmicos.

A associação entre aprendizagem, rendimento e atribuições está longe de poder ser assumida como simples e linear. Pelo contrário, a investigação tem explicitado um conjunto de enviezamentos na formulação de tais percepções pelos alunos. (ALMEIDA et al 2008).

O rendimento escolar dos indivíduos que são vítimas do bullying pode ficar comprometido, visto que, para esses alunos o ambiente escolar já não é mais um local de estudo e sim de medo e sofrimento. Alguns indicadores podem sinalizar o desinteresse do aluno em ir à escola, como sentir-se mal perto da hora de sair de casa, pedir para trocar de escola, revelar medo de ir ou voltar da escola, pedir sempre para ser levado à escola, mudar frequentemente o trajeto entre a casa e a escola são também muito comuns e isso afetada diretamente o rendimento escolar desses alunos.

Na construção do desempenho escolar, a qualidade da escola é tão importante quanto à valorização do conhecimento escolar por parte dos pais, pois tanto uma quanto outra influenciam as condições de sucesso/insucesso escolar. Sheldon e Hopkins (2002 apud Che chia et al 2005) registram que a maioria das famílias acredita que a reprovação e o insucesso de seus filhos devem-se à própria deficiência da criança relacionada a causas orgânicas, mentais e motivacionais. (CHECHIA, 2005)

2.0 O papel da escola e o Rendimento escolar desses indivíduos

A escola apresenta-se, hoje, como uma das mais importantes instituições sociais por fazer mediação entre o indivíduo e a sociedade. Ao transmitir a cultura e, com ela, modelos sociais de comportamento e valores morais a escola permite que a criança “humanize-se”, cultive-se, socialize-se ou, em uma palavra eduque-se. A criança, então, vai deixando de imitar os comportamentos adultos para, aos poucos, apropriar-se dos modelos e valores transmitidos pela escola aumentando, assim, sua autonomia e seu pertencimento ao grupo social. (BOCK, 2002).

A escola, multifacetada, vem presenciando situações de violência que estão tomando proporções assustadoras em nossa sociedade. As situações de violência, anteriormente esporádicas, se tornaram uma constante em nossos dias. (FRANCISCO, 2009).

Na longa tradição da psicologia cognitiva, o ser humano formula percepções e avaliações sobre os seus comportamentos e desempenhos Hei der (1944 citado por Almeida et al 2008), buscando também uma explicação para os níveis de rendimento atingidos. Na escola, em particular, os alunos vão desenvolvendo justificativas que os ajudam a interpretar os seus melhores e mais fracos resultados acadêmicos.

A associação entre aprendizagem, rendimento e atribuições está longe de poder ser assumida como simples e linear. Pelo contrário, a investigação tem explicitado um conjunto de enviezamentos na formulação de tais percepções pelos alunos. (ALMEIDA et al 2008).

O rendimento escolar dos indivíduos que são vítimas do bullying pode ficar comprometido, visto que, para esses alunos o ambiente escolar já não é mais um local de estudo e sim de medo e sofrimento. Alguns indicadores podem sinalizar o desinteresse do aluno em ir à escola, bem como, sentir-se mal perto da hora de sair de casa, pedir para trocar de escola, revelar medo de ir ou voltar da escola, pedir sempre para ser levado à escola, mudar frequentemente o trajeto entre a casa e a escola são também muito comuns e isso afetada diretamente o rendimento escolar desses alunos.

Na construção do desempenho escolar, a qualidade da escola é tão importante quanto à valorização do conhecimento escolar por parte dos pais, pois tanto uma quanto outra influenciam as condições de sucesso/insucesso escolar. Sheldon e Hopkins (2002 citado por Chechia et al 2005) registram que a maioria das famílias acredita que a reprovação e o insucesso de seus filhos devem-se à própria deficiência da criança relacionada a causas orgânicas, mentais e motivacionais. (CHECHIA 2005).

3.0 Intervenções sociais contra o Bullying

O bullying já é considerado um problema de saúde pública. E assim como existem vacinas para evitar epidemias, é fundamental criar mecanismos para minimizar os riscos de violência escolar. E isso diz respeito à construção do conhecimento, por meio das chamadas “Escolas Seguras.” Pois a segurança no ambiente escolar está relacionada à boa educação e a promoção da saude. (LIBERAL et al. 2005, p. 3).

Para começar a virar esse jogo, as escolas precisam, inicialmente, reconhecer a existência do bullying e tomar consciência dos prejuízos que ele pode trazer para o desenvolvimento sócio-educacional e para a estruturação da personalidade de estudantes. Como segundo passo, mas não menos importante, as escolas necessitam capacitar seus profissionais para a identificação, o diagnóstico, a intervenção e o encaminhamento adequado de todos os casos ocorridos em suas dependências. Em terceiro lugar, as instituições de ensino têm o poder de conduzir o tema a uma discussão ampla, que mobilize toda a sua comunidade, para que estratégias preventivas e imediatas sejam traçadas e executadas com o claro propósito de enfrentar a situação. (SILVA, 2010).

Quando não há intervenções efetivas contra o bullying, o ambiente escolar torna-se totalmente contaminado. Todas as crianças ou adolescentes, sem exceção, são afetadas negativamente, passando a experimentar sentimentos de ansiedade e medo. Alguns alunos, que testemunham as situações de bullying, quando percebem que o comportamento agressivo não traz nenhuma consequência a quem o pratica, poderão achar por bem adotá-lo. Todos os alunos têm o direito de se sentirem seguros quando vão para a escola, infelizmente não é o que acontece.

É necessário criar estratégias de prevenção na escola, pois as crianças e adolescentes têm os seus direitos asseguradas pela lei. De acordo com LIBERAL et al. (2005) o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), assegura oportunidades e facilidades, a fim de possibilitar desenvolvimento físico, moral, sociais e espirituais a todas as crianças e adolescentes no seu ambiente de formação escolar. (LIBERAL et al.(2005).

4.0 Resultados e Discussão

A partir da realização dessa pesquisa podemos comprovar como se dão as relações interpessoais no ambiente escolar e quais as queixas principais desses alunos. Ao questionarmos os mesmos sobre o conhecimento do significado da palavra bullying: 47% afirmaram que já ouviram falar nessa palavra, 33% afirmaram não ter conhecimento e 20% não responderam. Esse resultado é decorrente da informação veiculada no país, visto que, a mídia nos trouxe um aparato muito grande de informações acerca do tema. Em contrapartida, ainda existem muitas pessoas que nunca ouviram falar em tal palavra, por estarem inseridas em ambientes de vulnerabilidade social ou lares comprometidos e não possuem acesso a muitos estímulos ou informações suficientes que esclareçam essa problemática. Em relação à violência praticada na escola, 27% dos alunos já sofreram algum tipo de violência física, verbal, moral ou psicológica no âmbito escolar, e se sentem mal ao saberem que existem alunos que gostam de ser autores dessas agressões. A partir desses dados, pudemos observar ainda os sentimentos negativos decorrentes do bullying. Os sentimentos das vítimas acerca das agressões foi ressaltado nos seguintes pontos: 40% dos alunos afirmaram ter tristeza ao serem vitimas de alguma agressão, outros 40 % disseram ter raiva e 20% afirmaram ter medo. Sentimentos que afetam diretamente o desempenho intelectual desses alunos.

No que diz respeito aos prejuízos escolares decorrentes dessa violência, 81% acreditam que o bullying afeta consideravelmente o seu desempenho escolar e 19% não se sentem prejudicados. Esse alto índice estatístico aponta que esse fator deve ser levado em consideração pela escola, para que se possam desenvolver trabalhos preventivos, a fim de minimizar os prejuízos nesse contexto.

5.0 Considerações finais

A motivação para pesquisar sobre As Conseqüências Psicossociais do Bullying no Rendimento Escolar, foi querer adentrar nesse mundo a fim de saber identificar no ambiente escolar como estão às relações interpessoais desses alunos e se essa violência acomete o processo de ensino-aprendizagem.

Através desse estudo foram observadas algumas conseqüências psicossociais, dentre elas: a falta de concentração, tristeza ao ser agredido, não gostar de sofrer violências, sentir-se humilhados e deprimidos, medo, não querem ir à escola, e processo de ensino-aprendizagem reduzido.

Convém ressaltar que essa pesquisa não visa esgotar as discussões sobre o bullying no âmbito escolar, e sim, contribuir para incentivar outros trabalhos com tema semelhante, assim como servir de subsídios para os mesmos.

Fonte: As Consequências Psicossociais do Bullying no Rendimento Escolar - Psicologia Escolar - Atuação - Psicologado Artigos http://artigos.psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/as-consequencias-psicossociais-do-bullying-no-rendimento-escolar#ixzz1lH6KVj6D