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terça-feira, 15 de março de 2011

Magia negra, não. É racismo

O termo magia negra nada tem que ver com a matriz africana e a religião do Candomblé. Ele foi usado pelo branco europeu e acabou sendo reproduzido pela sociedade brasileira ancorada em ideias ainda eurocentristas racistas, pois tudo que é feio, mal, fedorento, tenebroso está inconscientemente associado à etnia negra, que, obviamente, pertence à ancestralidade africana, de pele negra. Logo, uma forma racista consciente ou inconsciente de se conceituar um ritual macabro no qual pessoas sem formação teológica de matriz africana e iniciadas também por outras igualmente ignorantes no assunto, reproduzem essa fala da magia negra e cometem crimes de homicídios, como foi o caso da professora. O Diario de Pernambuco está de parabéns por trocar o termo pela expressão ritual macabro na sua última reportagem sobre o caso da professora assassinada por pseudos pai e mãe de santo, diferentemente da imprensa sensacionalista que insiste em usar o termo magia negra nesse tipo de crime. Carlos Tomaz - Rede Afro LGBT, MNU-PE

Diário de Pernambuco Recife, 15 de março de 2011, terça-feira

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